UMA HISTÓRIA VERÍDICA: FILHO DE ANALFABETA E ÓRFÃO DE PAI – DARÁ BOA COISA?
Certa vez, em uma vila rural de algum lugar por este mundo afora, vivia um garoto, em meio a muitos trabalhos domésticos. Vivia junto com seu meio irmão, fruto do casamento de sua mãe com o primeiro marido dela, este já falecido (por isso casou-se novamente, e teve o menino, protagonista desta história).
Aos dois anos de idade, o menino perdeu o pai, que morrera doente. Já mais velho, queria estudar, contrariando a vontade de seu meio irmão, que opôs-se duramente, pois acreditava que todos deveriam trabalhar braçalmente, sem perder tempo com estudos. A mãe de ambos, que era analfabeta, propôs que seu caçula poderia estudar nas horas vagas do trabalho doméstico de sua propriedade rural.
O menino cresceu e quis ir para a escola. Naquela vila não havia escolas. A mãe, analfabeta, incentivou que o garoto fosse para a escola, mesmo em meio as maiores dificuldades: uma caminhada de cerca de dez quilômetros diários, quer chovesse, fizesse sol ou nevasse.
Será que o menino desistiu? Será que ficou traumatizado em meio a tudo isso (perda do pai, meio irmão violento, mãe analfabeta, vida de menino pobre em meio a muitos trabalhos para sobreviver)?
Nada disso! O menino cresceu, tornou-se um hábil educador, capaz de atrair para si jovens de tudo que era tipo (inclusive ex-presidiários), um exemplar padre e fundador de uma família religiosa que em 2009 comemora 150 anos de existência.
A mãe, analfabeta, que tanto o ajudou: Margarida Occhiena. O menino persistente: João Melchior Bosco, mais conhecido como Dom Bosco!
Autor: Professor João César, 14/05/2009
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